O HPV, ou Papilomavírus Humano, é um vírus sexualmente transmissível extremamente comum, que pode causar diversos problemas de saúde, como verrugas genitais e câncer de colo de útero, pênis, vulva, vagina, ânus e orofaringe. Felizmente, a vacina contra o HPV é uma forma eficaz de prevenir a infecção por esse vírus.
Infelizmente, apenas o preservativo, tão eficaz contra outras infeções, não consegue bloquear o contato com as lesões e a transmissão, por isso amelhor forma de prevenir infecções pelo HPV é com a vacinação.
No Brasil, existem duas vacinas contra o HPV disponíveis: a quadrivalente e a nonavalente. Ambas são seguras e eficazes, mas há algumas diferenças importantes entre elas.
Qual a proteção e onde se vacinar contra o HPV?
Protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV.
Responsável por 70% dos casos de câncer de colo de útero.
Disponível na rede pública de saúde para meninas e meninos de 9 a 14 anos e mulheres e homens de 15 a 45 anos, mas com condições especiais como HIV/aids, transplantados e pacientes oncológicos.
Disponível na rede privada para pessoas de 9 a 45 anos de idade, mesmo sem comorbidades.
Protege contra os mesmos tipos da vacina quadrivalente + 5 tipos adicionais (31, 33, 45, 52 e 58), responsáveis por 90% dos casos de câncer de colo de útero.
Disponível apenas na rede privada para pessoas de 9 a 45 anos de idade.
Qual vacina contra o HPV escolher?
A escolha da vacina ideal depende de alguns fatores, como idade, sexo, histórico de saúde e estilo de vida.
Para meninas e meninos de 9 a 14 anos a vacina quadrivalente é gratuita e disponível na rede pública de saúde é uma ótima proteção e sem custos.
Para pessoas fora da indicação do SUS e para conseguir uma proteção adicional a nonavalente oferece uma cobertura mais ampla contra o HPV.
É importante ressaltar que ambas as vacinas são seguras e eficazes.
Qual o esquema de doses da vacina contra o HPV?
A SBIm (Bociedade Brasileira de Imunizações) recomenda:
Meninas e meninos de 9 a 14 anos: duas doses, com seis meses de intervalo (0-6 meses);
A partir de 15 anos: três doses (0-2-6 meses);
Imunodeprimidos de 9 a 45 anos, independentemente da idade: três doses (0-2-6 meses).
Posso começar um esquema de doses com uma vacina e terminar com outra?
Não há problema em receber doses da quadrivalente e da nonavalente, porém as doses de uma vacina não serão contadas no esquema vacinal da outra. Por exemplo: Uma pessoa de 20 anos que recebeu uma dose da vacina quadrivalente e que deseja se vacinar com a nonavalente – serão necessárias 3 doses da vacina nonavalente para o esquema vacinal completo.
Além disso, é necessário respeitar intervalos entre os esquemas vacinais que podem ser consultados no link.
Quais os eventos adversos da vacina contra o HPV?
As vacinas contra o HPV apresentam um bom perfil de segurança, embora o risco de eventos adversos tenha sido um pouco aumentado com a nonavalente na comparação com a vacina quadrivalente. Os eventos mais observados são dor, inchaço, vermelhidão, prurido e hematoma no local da injeção, cefaleia, febre, náusea, tontura e fadiga.
Porque a vacina contra o HPV não deve ser adiada?
Ao longo da vida, os contatos íntimos se acumulam e com isso as chances de infecção como HPV. Dessa forma, quanto antes a vacina é realizada, menores as chances de se infectar com o HPV nas relações sexuais posteriores a vacinação, especialmente os subtipos mais perigosos. Lembrando que, apenas o preservativo, não é suficiente para barrar a infecção pelo HPV.
Se você ainda não se vacinou contra o HPV, converse com seu médico ou profissional de saúde. A vacina é um investimento importante na sua saúde e no seu futuro.
Proteja-se contra o HPV e suas consequências. Vacine-se!